Imagem estival do Vale do Alto Zêzere
Há cerca 30.000 anos, o aspecto deste local era consideravelmente diferente. Proporcionado pelo rigoroso clima Wurmiano, a Serra da Estrela atingia o seu máximo glaciar nas quotas mais elevadas. A massa de gelo que esculpia e cobria o Vale do Zêzere chegava a ultrapassar os 300 metros de espessura. Esta era alimentada pela calote gelada do Planalto da Torre e pelo glaciar da Candieira. Na sua maior extensão, cerca de 8km, apresenta uma orientação SSW-NNE e “derretia” junto do local onde se situa actualmente a vila de Manteigas.
Interpretação da paisagem
Na imagem percebe-se a característica configuração em U, dos vales modelados por glaciares. Em primeiro plano, em ambas as vertentes, vêem-se acumulações de blocos graníticos que foram arrastados e depositados pela língua glaciar. Apesar de pouco perceptível, vê-se ainda, no fundo da imagem, um pouco à direita, uma pequena crista que se desenvolve a meia-encosta. Situada logo a montante da cascata da Candieira, esta estende-se até meio do curso do rio, provocando nesse local um desvio das águas do Zêzere. Designa-se por Espinhaço de Cão e trata-se efectivamente de uma moreia glaciar. Este depósito de blocos de granito foi originado pela intercepção dos glaciares do Zêzere e da Candieira.
A Serra da Estrela é o espaço natural de excelência para os amantes da natureza
Com quase 2000m de altitude, a Estrela é a serra mais alta de Portugal continental. A sua imponente e espectacular paisagem rochosa está profundamente marcada com as cicatrizes deixadas pelos glaciares de outrora. Para além disso, alberga habitats específicos de montanha bem como inúmeras espécies endémicas de plantas e animais, algumas delas não existindo em nenhum outro local do Mundo.
A Wildlife Portugal proporciona visitas de interpretação desta magnífica zona montanhosa, a pé ou em viatura. Consulte a nossa página para mais informações ou contacte-nos.
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