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O Grande Vale do Côa

O Grande Vale do Côa representa um significativo corredor fluvial, com cerca de 140km de extensão. Desde a nascente, na Serra das Mesas (Sabugal) ao seu desague no Douro (Vila Nova de Foz Côa), este rio atravessa uma zona de planalto da Beira Interior, que corresponde ao final da Meseta Ibérica. Outrora serviu de fronteira natural, mas ainda hoje acompanha de perto este território raiano, pleno de uma riqueza histórica, natural e paisagística. Estão aqui bem representados os vestígios pré-históricos da presença humana e selvagem, os castelos medievais e as aldeias históricas muralhadas.

A sua paisagem natural tem recuperado nas últimas décadas, formando, na actualidade, grandes extensões de carvalhais, onde se inserem prados naturais e freixiais. Consequentemente, a vida selvagem começa a voltar, sendo de destacar os grandes herbívoros como o veado e o corço. Também o mítico Lobo-ibérico tem feito anunciar a sua presença de forma mais regular. Mas são o grupo das aves, sobretudo das rapinas, que melhor estão representadas nesta extensa paisagem aplanada.

Os seus elementos naturais e arqueológicos, de valor incalculável, atribuem, ao território do Grande Vale do Côa, inúmeras classificações:

Reserva Natural da Serra da Malcata

Sítio de Importância Comunitária Malcata

Zona de Protecção Especial da Serra da Malcata

Área Protegida Privada da Faia Brava

Zona de Protecção Especial do Vale do Côa

Parque Arqueológico do Vale do Côa

Reserva da Biosfera da Meseta Ibérica

 

Território Rewilding

Por todos estes factores, o Grande Vale do Côa é, a nível europeu, uma das zonas eleitas pela Rewilding Europe para demonstrar uma nova filosofia de conservação da natureza e gestão de grandes espaços naturais.
Neste território rewilding, têm sido libertadas algumas manadas de cavalos Garrano e Sorraia, bem como vacas da raça Maronesa, que são complementados com os herbívoros selvagens. Este território está ainda abrangido pelo projecto Life Wolflux, cujo objectivo é promover as condições ecológicas e socioeconómicas necessárias à sobrevivência de sub-populações de Lobo-ibérico a Sul do Rio Douro, permitindo que esta espécie desempenhe o seu papel funcional como predador de topo.