O Parque Natural do Alvão oferece um cenário invulgar a quem o queira explorar intimamente. Conhecido pelas suas aldeias de grande valor arquitectónico como Lamas de Olo e Arnal, apresenta aspectos geomorfológicos e paisagísticos de grande valor cénico, como as quedas de água das Fisgas do Ermelo e de Galegos da Serra. Criado em 1983, este Parque Natural abrange cerca de 7200 ha de área serrana. Apresenta uma interessante biodiversidade florística, onde se incluem espécies raras ou endémicas como a Açucena-brava (Paradisea lusitanica), o Cravo dos Alpes (Arnica montana subsp. atlantica) ou o Teucrium salviastrum. O seu coberto florestal está formado por bosquetes de carvalhos, vidoeiros e castanheiros, que albergam outros importantes elementos botânicos como os azevinhos e os pilriteiros. Nesta Serra florescem também pequenas flores características como a Urze-peluda (Erica tetralix), a Genciana-das-turfeiras (Gentiana pneumonanthe) e a Quita-merendas (Merendera montana), que salpicam de cor o manto verde dos prados de altitude.
Da fauna aqui existente, destacam-se as alcateias de Lobo-ibérico (Canis lupus signatus), o Corço (Capreolus capreolus), a Toupeira-de-água (Galemys pyrenaicus), o Melro-de-água (Cinclus cinclus), a Gralha-de-bico-vermelho (Pyrrhocorax pyrrhocorax), o Melro-das-rochas (Monticola saxatilis), o Lagarto-de-água (Lacerta schreiberi), a Rã-ibérica (Rana iberica), a Borboleta-azul-das-turfeiras (Phengaris alcon). Com o Outono, as paisagens da Serra do Alvão preenchem-se de cores quentes e no Inverno cobre-se de um manto branco, proporcionando magníficas imagens desta zona montanhosa.