Área Protegida Privada
Localizada no vale do Côa, na faixa fronteiriça do Distrito da Guarda, a Reserva da Faia Brava abrange cerca de 1000 ha. Neste sector, as encostas fluviais do Côa atingem grande declive e são formadas por afloramentos rochosos graníticos, escarpas, idóneas para a nidificação de aves rupícolas. Está inserida na ZPE do Vale do Côa e é uma IBA (Birdlife International Important Bird Area). Finalmente, está ainda incluída no Parque Arqueológico do Vale do Côa, classificado pela UNESCO como Património da Humanidade.
Em 2010 a Reserva da Faia Brava foi classificada pelo Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) como a primeira Área Protegida Privada do país e actualmente é também uma área-piloto do projecto europeu Rewilding Europe, para a criação de áreas naturais silvestres e para o desenvolvimento de turismo de natureza na Europa.
A Associação Transumância e Natureza (ATN) é a entidade que criou a Faia Brava e está responsável pela sua gestão. É a uma ONG sem fins lucrativos, de ambiente, criada a 6 de Junho de 2000 em Figueira de Castelo Rodrigo, e é um dos parceiros portugueses da iniciativa Rewilding Europe.
Principais valores naturais
A fauna do vale do Côa é bastante diversificada, sendo essa característica um dos aspectos de maior destaque da Faia Brava. O grupo faunístico mais emblemático corresponde ao das aves rupícolas, das quais se destacam: Cegonha-preta (Ciconia nigra), Britango (Neophron percnopterus), Grifo (Gyps fulvus), Águia-real (Aquila chrysaetos), Águia de Bonelli (Aquila fasciata), Bufo-real (Bubo bubo), Andorinhão-real (Apus melba). Recentemente, foi ainda confirmada a nidificação de Andorinhão-cafre (Apus caffer).
Outros valores
Núcleo de gravuras e pinturas rupestres da Faia (UNESCO), 10 pombais tradicionais, manada de vacas maronesas e cavalos garranos em estado semi-selvagem.